Também não sou fã dos Democratas estadunidenses ou dos Trabalhistas britânicos. Os primeiros apoiaram o golpe em Honduras e os últimos apioaram a invasão do Iraque.
Eu não são fã.
Mas a classe média brasileira é. O centro e a centro-direita aqui são. Os jornais, telejornais, blogueiros, colonistas, a zaga e todo o ataque do PIG adoram a Time, o The Economist, o Wall Street Journal, os Democratas estadunidenses e os Trabalhistas britânicos. Fazem de tudo pra paracer com eles.
E a maior liderança democrata diz que Lula é o cara. O PIG e a direita nacional ficaram sem ação.
E devem estar fazem fila pra pular da ponte estaiada com a última revista Time.
O analfabeto, iletrado, vagabundo, nordestino, despreparado e todos os adjetivos que o preconceito de classe permita foi indicado como 'o líder mais influente' da atualidade.
O navegante e meu amigo Leonardo me sugeriu que publicasse o texto da Time.
Não sou fã da Time, mas admiro Lula e Michael Moore.
Luiz Inácio Lula da Silva
por Michael Moore, para Time

Lula finalmente ganhou a presidência, depois de 3 tentativas frustadas, ele era uma figura familiar no cenário brasileiro. Mas o que o levou à política? Foi seu conhecimento pessoal de quanto os brasileiros deveriam trabalhar duro apenas para sobreviver? Sendo forçado a deixar a escola depois da quinta série para sustentar a família? Trabalhando como engraxate? Perdendo parte de um dedo em um acidente na fábrica?
Não, foi quando ele tinha 25 anos e assistiu sua então esposa Maria morrer durante o oitavo mês de gestação, junto com o filho do casal, porque não podiam pagar por um atendimento médico decente.
Aqui fica uma lição para os bilinários do mundo: deixem as pessoas terem uma boa assistência médica, e elas causarão muito menos problemas para vocês.
E aqui uma lição para todos nós: a grande ironia da presidência de Lula - ele foi reeleito em 2006 e deixará o cargo este ano - é que assim como ele tenta impulsionar o Brasil para o primeiro mundo com programas sociais do governo como Fome Zero, criado para acabar com a fome, e com planos para melhorar a educação acessível à classe trabalhadora brasileira, os Estados Unidos se parecem mais com o terceiro mundo a cada dia.
O que Lula quer para o Brasil é o que chamamos de sonho americano. Nós aqui nos Estados Unidos, pelo contrário, onde os 1% mais ricos detém mais riquezas do que os 95% mais pobres da população juntos, estamos vivendo em uma sociedade que está rapidamente ficando mais parecida com o Brasil.

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